Em casa

SOMOS LINHA DE FRENTE: UNIDADES CRIAM AÇÕES PARA GARANTIR A SEGURANÇA DOS PACIENTES EM MEIO À PANDEMIA

“O início de um sonho, deu tudo certo”

Ano 06 | N° 23 | Abril 2021

ATENÇÃO DOMICILIAR TAMBÉM ESTÁ NA LINHA DE FRENTE CONTRA COVID-19
Apesar de tantas adversidades, os profissionais de saúde que atuam em serviços de home care persistem nesta luta diária com compromisso e dedicação

Em março, completamos um ano de pandemia de Covid-19 e não há dúvidas de que o sistema de saúde do Brasil teria entrado em colapso de antemão sem o suporte da atenção domiciliar. Diariamente, especialistas de diversas áreas da saúde se expõem prestando cuidados aos pacientes assistidos em casa – atuação imprescindível para conter a propagação do coronavírus e aliviar os hospitais sobrecarregados por infectados. 

Considerada essencial, a modalidade teve que se adaptar para minimizar os riscos de contaminação e dar continuidade aos atendimentos com segurança, eficácia e qualidade diante do atual cenário. Dessa forma, o Grupo Vidas se mobilizou para estruturar uma Comissão Multidisciplinar do Enfrentamento da COVID-19 e implantar ações em prol da prevenção, apoio e fortalecimento de todos os colaboradores, pacientes e familiares do Grupo Vidas.

Conheças as estratégias desenvolvidas pelas principais unidades:

São Paulo: 

A Coordenadora Médica do Grupo Vidas, Silvia Lacerda, pontua que logo em março de 2020, o grupo articulou os primeiros movimentos no sentido de orientar sobre a infecção e modos de transmissão do vírus, assim como do uso correto de equipamentos de Proteção Individual obrigatório através da estruturação de um comitê, campanhas de conscientização e medidas de distanciamento. “Com foco em mitigar a propagação e garantir a segurança adequada das equipes, instruímos exaustivamente sobre sinais de alerta para que, se identificados sinais da doença, o bloqueio de transmissão fosse executado”. De acordo com a Dra. Silvia, a telemedicina tem ajudado a reduzir a exposição ao contágio nos momentos de picos de transmissibilidade e óbitos por COVID-19 no Brasil. A triagem dos casos, que poderiam receber atendimentos remotos sem prejuízo ao seu acompanhamento, trouxe maior segurança às células familiares e a possibilidade de redução da circulação de pessoas no sistema de saúde como um todo. “Isso possibilitou ampliar o alcance das equipes de atendimento a regiões mais remotas, de diversas áreas do país, muitas vezes poupando unidades de pronto atendimento do volume intenso de pacientes com quadros leves. Os pacientes de home care acabaram mais protegidos dos fatores de transmissão - foram pouquíssimos casos de pacientes já em atendimento que reportaram infecção por SarsCov-2”, ressalta a médica. Angélica Rosa Paixão, Gerente Operacional Nacional do Grupo Vidas, corrobora que as mudanças de hábitos e rotinas foram extremamente necessárias para preservar a segurança de todos. Segundo a especialista, os protocolos estabelecidos foram fundamentais para que os colaboradores pudessem se sentir acolhidos, tendo a certeza de que a empresa se preocupa com eles. “Foram espalhados dispensers de álcool gel em toda unidade, disponibilizado álcool gel e líquido em cada mesa, fornecido máscaras e terapia com psicólogo com sessões semanais, individualizadas e online para qualquer colaborador que sentisse necessidade custeados pela empresa. Todo esse apoio mantém-se até hoje.” Além disso, quando alguém apresenta resultado positivo, esse colaborador passa a ser acompanhado por uma equipe médica, com monitoramentos diários e só retorna ao trabalho quando o teste dá negativo. A enfermeira Angélica salienta ainda que houve uma procura maior pela atenção domiciliar, visto que muitos procedimentos eletivos foram cancelados nos hospitais e a média de aumento de atendimentos da Unidade ficou em torno de 20%.

Campinas:
As coordenadoras médica e operacional, Camila Paduan e Márcia Terron, respectivamente, relatam que a unidade de Campinas registrou no total 100 casos suspeitos e destes, 62 foram confirmados. As gestoras ainda estimam um crescimento em torno de 10% neste período de pandemia. “Tivemos uma maior demanda devido à sobrecarga no sistema de saúde e aumento dos casos de pacientes positivados passíveis de tratamento domiciliares”, afirmam. Para assegurar a qualidade dos atendimentos e a saúde dos colaboradores, a unidade segue regras, como: aferição de temperatura dos colaboradores ao adentrarem na empresa, check list com perguntas referentes a alterações clínicas sugestivas de COVID para controle e monitoramento, higienização dos calçados com tapetes sanitizantes, disponibilização de álcool em gel em todos os setores tanto para higienização das mãos como para limpeza dos ambientes e instrumentos de trabalho (mesas, cadeiras, telefones), obrigatoriedade de uso de máscaras durante toda a permanência dentro da empresa, restrição do número de pessoas durante as pausas para café e almoço, sinalização através de placas por todos os setores da unidade com orientações sobre formas de prevenção e contágio da doença. “Em relação à segurança de nossos pacientes e seus familiares, fornecemos a equipe técnica todos os EPIS necessários para os atendimentos domiciliares e orientamos sobre medidas de precaução e segurança”, frisam. 

Salvador:
O coordenador médico, Tácio Frigulha, que assumiu o cargo em meio à crise mundial do coronavírus, salienta os desafios enfrentados durante a fase mais aguda da pandemia e as estratégias para levar saúde e atendimento de excelência aos pacientes da região, dando continuidade à expansão dos negócios. “Em um cenário de incertezas, nos comprometemos desde o início com a saúde e segurança dos nossos profissionais e pacientes. Não medimos esforços para abastecer nossas unidades móveis e cada um dos domicílios que atendemos com equipamentos de proteção individual (EPI’s). Além disso, tivemos a preocupação de treinar e preparar os colaboradores e prestadores para identificar precocemente um caso suspeito de Covid-19 e assim tomarmos as medidas necessárias para barrar a propagação do vírus com isolamento, solicitação de exames e tratamento prévio dos casos confirmados e o reconhecimento da gravidade de cada situação, conforme protocolo vigente”. A unidade presta atendimento em mais de 200 municípios no estado da Bahia, e conseguiu driblar os obstáculos impostos pelo período de incertezas, expandindo em 11% no ano de 2020. 

Belo Horizonte: 
A Gerente Desenvolvimento de Negócios, Priscilla Fortunato de Assis, destaca que durante o ano pandêmico foi necessário intensificar treinamentos, implantações de novos protocolos e sensibilização quanto aos cuidados necessários aos profissionais e pacientes. “Tivemos um aumento gradativo em meio ao enfrentamento da COVID-19 na Unidade Belo Horizonte, sendo que nos últimos 60 dias se intensificou ainda mais. Em especial, alguns setores sentiram esse crescimento de forma mais direta. Dentre eles, o Serviço de APH (Atendimento Pré-Hospitalar) para casos de COVID suspeitos ou confirmados, sempre no sentido de avaliar a queixa do paciente, iniciar intervenções ainda em domicílio para estabilização deste paciente, bem como condução do tratamento da doença, desonerando assim a rede hospitalar. Por outro lado, também temos atuado fortemente dentro da Atenção Domiciliar nas desospitalizações de paciente já estabilizados em ambiente hospitalar e que precisam dar continuidade no tratamento em casa, inclusive para reabilitação devido sequelas secundárias à doença, o que também contribui para a liberação de leitos para pacientes mais graves, desafogando assim o sistema de saúde”, reforça. 
UM PASSO À FRENTE

Um dos principais desafi os no início da pandemia foi garantir fornecimento de insumos e equipamentos. O Grupo Vidas já previa o aumento de demanda e pôde contar com o estoque de insumos para atravessar essa crise. Estar um passo à frente foi decisivo durante a primeira onda de aumento do número de casos de COVID-19 quando houve falta de materiais básicos do atendimento à saúde no mercado nacional. Nesse sentido, o gerente executivo, Rafael Martins, ratifi ca que o planejamento antecipado do Grupo Vidas impediu a falta de materiais e utensílios para pacientes e colaboradores. “Mudamos toda a política de cuidados e nos adaptamos a todas as normas estabelecidas pela Organização Mundial de Saúde -OMS. Apesar do impacto do aumento no custo de 55% em média em relação ao ano de 2019, atuamos com nosso Knowhow para manter nossos produtos e criar soluções, evitando a escassez dos recursos de proteção. A luva de procedimento, por exemplo, teve um aumento de 335% em relação ao ano anterior. Essa consequência não foi sentida somente nos EPIs, materiais e medicamentos tiveram um acréscimo médio de 33%, pois o oportunismo, infelizmente, é muito forte em nosso país”, conclui Rafael.